Hoje é dia de valorizar as colegas fotógrafas que, mesmo ainda carecendo do devido reconhecimento (a luta está só começando!), todos os dias levantam, saem de casa e trabalham para deixar sua marca no mundo da fotografia. Para inspirar a todos nós, separamos aqui cinco mulheres que fizeram e fazem História com seus cliques.
Alice Martins (1980 – )
Brasileira nascida em 1980, Alice mora no Iraque e faz cobertura da crise humanitária causada pelos conflitos no Oriente Médio. A Guerra da Síria e os confrontos contra o Estado Islâmico no Iraque foram registradas por suas lentes. É colaboradora de veículos como Harper’s, Time, Stern, Newsweek e The Washington Post.
Annie Leibovitz (1949 -)
Conhecida como a “fotógrafa dos famosos”, seu registro mais icônico é a fotografia de John Lennon abraçado com Yoko Ono para a capa da Rolling Stone, em 1971. A americana é conhecida por estabelecer uma relação de intimidade com os modelos que retrata. Já fotografou Angelina Jolie, Demi Moore, Dolly Parton, Whoopi Goldberg, entre outras celebridades.
Crédito do retrato: Julian Siammonds
Carol Guzy (1956 – )
Única jornalista a receber o Prêmio Pulitzer quatro vezes e primeira mulher a ganhar o prêmio Newspaper Photographer of the Year. Fotógrafa do jornal The Washington Post desde 1988, registrou eventos como a erupção do vulcão colombiano Nevado del Ruiz em 1985 e a tragédia no Haiti após o terremoto de 2010. Sua fotografia mais famosa é de 2000, quando clicou o refugiado do Kosovo Agim Shala, de dois anos de idade, passando por uma cerca de arame farpada para ficar com sua família.
Crédito foto menino: Carol Guzy / The Washington Post / Getty Images
Crédito Retrato dela: Jeanie Adams-Smith
Carrie Mae Weems (1953 – )
Nascida em Oregon, Carrie é atualmente uma das mais influentes artistas americanas. A fotógrafa se notabilizou por abordar de forma investigativa questões como racismo, identidade cultural, desigualdade de gênero e classe. Sua arte envolve fotos, texto, tecido, áudio e vídeo.
Dorothea Lange (1895-1965)
Considerada a fotógrafa da Grande Depressão, é autora de uma das fotos mais conhecidas da História dos Estados Unidos: Mãe Migrante, de 1936. Na imagem, Florence Owens Thompson, 32 anos, aparece abatida e triste por não ter comida para os filhos. O registro apareceu em mais de 10 mil publicações e jornalistas americanos passaram décadas tentando encontrar Florence, que foi localizada apenas em 1970, vivendo em um trailer. Com suas lentes, Dorothea Lange deu vida aos pobres, aos esquecidos, perseguidos, famílias do campo, trabalhadores e imigrantes. Seus registros retratam uma época de sofrimento. Ela morreu em decorrência de um câncer de esôfago em 1965, alguns dias antes de inaugurar a exposição que retratava sua obra no Museu de Arte Moderna, de Nova York